Ilha de calor que irradia desenvolvimento, incentiva o empreendedorismo e transforma o Sertão da Paraíba em paraíso das energias renováveis
- Redação Energia em Pauta

- 25 de abr.
- 3 min de leitura
Uma fonte de energia inesgotável. Um recurso natural que promove o equilíbrio sustentável, incentiva o surgimento de grandes empresas e pequenos negócios, e transforma o Sertão da Paraíba no paraíso das energias renováveis. A produção de energia solar e eólica tem gerado um novo boom na economia sertaneja, proporcionando oportunidades e impulsionado desenvolvimento social e econômico dentro da agenda internacional da sustentabilidade e cuidado com o meio ambiente.
Graças a esse recurso natural e inesgotável, a Paraíba já se tornou uma referência na produção e geração de energia renovável, o que tem atraído olhares dos investidores de todo o País, e estimulado o empreendedorismo e a geração de emprego e renda.
No Sertão do estado, empreendimentos de diversos setores passaram a investir na geração de energia solar para impulsionar os negócios. E quem enveredou por esse caminho não se arrepende e já contabiliza a economia e os lucros. Além de fortalecer a imagem da empresa por contribuir com a redução do impacto ao meio ambiente, esse tipo de energia gera outro diferencial competitivo que é a redução nos custos fixos do empreendimento e a possibilidade de oferecer preços mais justos aos clientes. Produtores rurais passaram a explorar os recursos da tecnologia e, numa revolucionária mudança de mentalidade, a refazer os modos de tratar os bens que brotam do solo de forma sustentável.
O PB Agora percorreu algumas cidades do Sertão da Paraíba, conversou com produtores, comerciantes, empreendedores e especialistas para atestar o quanto a energia limpa tem atraído investimentos, gerado desenvolvimento, e mudado realidades regionais, cultivando a cada dia novos clientes. Com corredor de vento e ilha de calor, a Paraíba segue em ritmo acelerado na produção de energias renováveis. O estado possui um dos maiores índices de radiação solar no Brasil, chegando a atingir anualmente mais de 2.200 kWh/m2.
A corrente que se espalha no ar, nas serras de Santa Luzia, e Serra de Teixeira, onde fica localizado o Pico do Jabre, um dos mais alto da América Latina, com 1.208 metros de altitude, entre outras, faz mover uma engrenagem que, utilizando da tecnologia, transforma o vento e o sol em uma das fontes renováveis de energia limpa e sustentável.

Toda essa riqueza está sendo canalizada para movimentar a economia, gerar pequenas empresas, mudar a vida de muitos agricultores e favorecer o microempreendedorismo.
No clima quente do Sertão, o uso da energia solar e eólica já melhorou a vida de muitos panificadores, açougueiros, comerciantes e produtores rurais. Na Zona Rural de Pombal, na localidade conhecida como Várzea Comprida dos Oliveiras, uma padaria é exemplo de como esse tipo de energia pode gerar riquezas sem degradar o meio ambiente. A iniciativa partiu da empreendedora Maria Solange de Oliveira.
A padaria criada por uma associação de mulheres tem o sol como a grande fonte de abastecimento de energia, garantindo a renda de 14 famílias que vivem da agricultura na região. Após descobrir a riqueza que esse tipo de investimento pode produzir, as mulheres do campo se tornaram microempreendedoras. A padaria, idealizada por Maria Solange de Oliveiras, produz pães e bolos que são vendidos para os moradores dos próprios sítios do entorno e, também, para quatro escolas estaduais, por meio de convênios. O uso da energia solar faz a diferença nos custos da produção e, consequentemente, no lucro alcançado pelo negócio.
Ao PB Agora, Maria Solange explicou como o uso da energia solar impactou positivamente no orçamento e a fez expandir os negócios e favorecer a criação da associação das agricultoras familiares de Várzea Comprida dos Olivedos. Ela contou que antes, o gasto com energia comercial girava em torno de R$ 1.500. Com a energia solar, esse valor despencou para R$ 130. A padaria de Maria Solange trabalha com máquinas pesadas, que consomem muita energia. A produção é feita três vezes por semana, nas terças, quartas e nos sábados.
“O gasto com energia é alto. A energia solar foi a solução que encontramos para economizar e ainda expandir os negócios”, conta Maria Solange de Oliveira.
Reprodução: PB Agora





Comentários